TikTok nega ser «espaço tóxico» e salienta trabalho para diversificar visualizações

A plataforma de vídeos TikTok refutou hoje as críticas da Amnistia Internacional, de ser um “espaço tóxico”, defendendo o trabalho feito para criar “diversas experiências de visualização” e remover conteúdo que viola as políticas da empresa.
4 de julio, 2024

A Amnistia Internacional (AI) advertiu na terça-feira que o TikTok “está a tornar-se um espaço cada vez mais tóxico e viciante”, potenciando o risco de os jovens acederem a conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação.

Em resposta, e num curto comunicado atribuído a um porta-voz da plataforma de partilha de vídeos, o TikTok alega que “quando investigadores reviram os vídeos” analisados pela Amnistia Internacional, concluíram que “a maioria dos conteúdos (73%) não estava de todo relacionada com saúde mental”.

“Dos vídeos que faziam referência à saúde mental, a maioria centrava-se na partilha de experiências vividas, sem as romantizar”, refere o TikTok.

“Isso demonstra a eficácia do trabalho do TikTok para criar diversas experiências de visualização e, ao mesmo tempo, remover conteúdo que viola as nossas políticas”, adianta a empresa.

A AI considerou que «o TikTok comercializa-se como uma plataforma ‘online’ de entretenimento, criatividade e comunidade, mas está a tornar-se um espaço cada vez mais tóxico e viciante, o que pode ter impacto na autoimagem, na saúde mental e no bem-estar dos utilizadores mais jovens, correndo o risco de os fazer cair nas armadilhas de conteúdos depressivos e relacionados com a automutilação»,

A AI assinalou que «a forma intrusiva de privacidade do TikTok para gerar lucro rastreia tudo o que o utilizador faz na plataforma para recolher informações sobre os seus comportamentos», procurando «prever os seus interesses, estado emocional e bem-estar».