Rui Duro

«Nos últimos três anos, tivemos apenas um ou dois CVEs, comparado a dezenas ou centenas de outros fabricantes»

"Temos muitos desafios pela frente, especialmente na inovação e desenvolvimento de novas soluções de segurança. A nossa missão é continuar a fornecer produtos confiáveis e a manter a confiança dos nossos clientes"
Comienzo

A semana passada a Check Point nomiou Nadav Zafir como novo CEO ao mesmo tempo revelou resultados financeiros robustos no segundo trimestre de 2024.

A Check Point Software Technologies, é seguramente uma das principais empresas de cibersegurança a nível mundial. Nadav Zafir é o seu novo CEO, esta nomeação veio acompanhada pela divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2024, encerrado a 30 de junho, que demonstram um desempenho financeiro excecional.

Os dados financeiros do segundo trimestre de 2024 revelam receitas totais de 627 milhões de dólares, com as receitas de subscrição de segurança a atingirem os 272 milhões de dólares. O lucro operacional GAAP situou-se nos 209 milhões de dólares, enquanto o lucro operacional Não-GAAP foi de 265 milhões de dólares. O lucro por ação (EPS) GAAP registou 1,74 milhões de dólares e o EPS Não-GAAP alcançou os 2,17 milhões de

Em maio a Check Point realizou um dos maiores eventos de cibersegurança existentes em Portugal, são 450 pessoas reunidas à volta dos principais temas que preocupam as organizações e que as ajuda a preparar melhor as suas defesas. Neste evento ninguém ficou de fora, clientes, parceiros, integradores e até concorrência, todos tiveram lugar para demonstrar as suas melhores práticas para a defesa dos ciberataques. No centro da excelência deste evento que se realiza há oito anos, o Senhor Check Point em Portugal, Rui Duro.

Para o Country Manager Portugal da Check Point, o segredo do sucesso continuo do evento anual da Check Point em Portugal é o crescimento sustentado do mesmo: “Cada ano fomos crescendo: 100, 200, 300 pessoas. Em 2019, chegámos a 600 participantes, mas com a pandemia, os números oscilaram um pouco. Este ano voltámos com cerca de 450 participantes.

Inicialmente, o evento chamava-se CPX e agora é CPU. Qual é a diferença entre os dois formatos?

A principal diferença está no foco. O CPX era um evento mais genérico, alinhado com os nossos grandes eventos globais na Ásia e nos Estados Unidos. Já o CPU é mais técnico, com uma maior quantidade de sessões técnicas simultâneas, nove ao todo, abordando várias soluções. O objetivo é aproximar-nos mais dos aspetos técnicos que são cruciais para os nossos clientes.

Organizar um evento desta magnitude, com tantas pessoas e numa localização como a Península de Tróia, deve ser desafiador. Como conseguem isso?

É um conjunto de fatores. A relação que temos com os nossos clientes e parceiros é fundamental. Muitos parceiros organizaram transportes para trazer clientes de longe, como do Porto. Além disso, escolhemos locais com boa capacidade hoteleira e flexibilidade para acomodar diversas necessidades. Este ano, por exemplo, utilizámos três hotéis e um centro de congressos com ótimas condições.

Em termos de branding, a Check Point é vista como uma instituição confiável. Como conseguem manter essa reputação?

Isso vem da nossa filosofia e cultura. A Check Point sempre se focou na segurança, muitas vezes demorando um pouco mais para lançar soluções, mas garantindo que são seguras. Temos uma equipa de pesquisa dedicada a testar intensivamente os nossos produtos e a resolver vulnerabilidades rapidamente. Nos últimos três anos, tivemos apenas um ou dois CVEs (Common Vulnerabilities and Exposures), comparado a dezenas ou centenas de outros fabricantes. Essa seriedade na segurança é reconhecida pelos nossos clientes.

Esse foco na segurança parece ser um diferencial importante para os parceiros também. Como gerem essa relação próxima?

A proximidade é crucial. Estamos sempre disponíveis para os nossos clientes, mesmo em situações difíceis. Isso cria uma relação de confiança e longa duração. Muitos dos nossos clientes estão connosco há mais de 20 anos, o que só é possível com uma abordagem séria e comprometida.

Esse modelo de proximidade e confiança é replicado noutras regiões onde a Check Point opera?

Sim, mas com variações. Na Europa, especialmente, há uma menor rotatividade de pessoal, o que ajuda a manter a cultura e os valores da empresa. Nos Estados Unidos, o mercado é mais dinâmico, com mais rotatividade. Na Europa, temos uma equipa que está connosco há muitos anos, o que fortalece a continuidade e a cultura de proximidade com os clientes.

Qual é a perspetiva para o futuro da Check Point em Portugal?

Continuamos a crescer. Este é o nosso oitavo ano consecutivo de crescimento. Mesmo enfrentando crises e desafios, mantemos uma base instalada forte e expandimos a nossa oferta de produtos. O nosso compromisso com a segurança e a proximidade com os clientes continua a ser o nosso principal diferencial.

Quais são os próximos desafios que a Check Point pretende conquistar?

Temos muitos desafios pela frente, especialmente na inovação e desenvolvimento de novas soluções de segurança. A nossa missão é continuar a fornecer produtos confiáveis e a manter a confiança dos nossos clientes, garantindo sempre a segurança dos seus dados e operações.